NO CLÁSSICO CRB x CSA, A TOPPAZ PEDE PAZ
A Toppaz (Torcida Organizada Pela PAZ) é um projeto que deseja ajudar as
partidas de futebol a serem realmente vistas como eventos esportivos, uma vez
que a rivalidade desmedida é absurda, pois um jogo, salvo interrupção da
partida por força maior, só pode terminar de dois modos: com a vitória de um
time e a consequente derrota do outro ou com empate, se ambos tiverem o mesmo
rendimento em campo. Quem percebe
isso, entende realmente de esportes, pois como já escrevia o filósofo Demerval
Saviani, da UNICAMP, no prefácio do livro de Heloísa Reis intitulado Futebol e violência, 2006, p. XVI: “Tem
‘espírito esportivo’ quem sabe ganhar e perder com classe, com elegância”.
A Toppaz acredita que um dos grandes meios na contenção da
violência está no trabalho que as Torcidas Organizadas fazem com seus
associados. Daí a fundamental importância da difusão da PAZ e da completa
negação a episódios de violências, pois, via de regra, os torcedores seguem a
ideologia adotada pela organizada, uma vez que enquanto instituição, possui
força entre seus membros.
Em
Maceió, a Toppaz tem, há algum tempo, contato com as duas maiores torcidas
organizadas da cidade. Isso é muito importante, pois oferece a possibilidade
de dialogar com ambas ao mesmo tempo a fim de pedir que cada uma, dentro de seu
quadro de associados, trabalhe, incansavelmente, pela verdadeira PAZ. Caso pensem o contrário, poderão
sofrer graves punições da parte das autoridades competentes como, por exemplo,
a extinção das torcidas.
Os torcedores – desde presidente, diretoria
e associados em geral – precisam entender que uma torcida organizada existe apenas para torcer e apoiar o Clube
(ver Estatuto do Torcedor, artigo
2º-A). Nada além disso. Tudo o mais é acréscimo. Existem, porém, acréscimos
bons que devem ser mantidos e acréscimos ruins que precisam ser imediatamente
combatidos, pois atrapalham a PAZ.
Como acréscimos bons podemos lembrar
as louváveis campanhas sociais em favor dos necessitados que, com maior ou
menor frequência, praticamente todas as torcidas organizadas realizam. Em
contrapartida, o que muito se vê na mídia, infelizmente, sãos os acréscimos
ruins que se juntaram às torcidas na questão da violência.
Algumas parecem um batalhão munido
para a guerra e não para a sadia diversão. Quem vê as fotos ou filmagens dos
artefatos que carregam (bombas caseiras, rojões que servem como arma, madeiras,
barras de ferro, armas de fogo etc.) e o desejo de confusão expressado pelos
que se denominou chamar de “linhas de frente” ou de “moleques da pista” é
assustador ou até vergonhoso para um país que julga ser civilizado.
Assim, diante dessas reflexões serenas e ponderadas,
mas realistas que a Toppaz faz um comovente apelo aos envolvidos neste e nos
próximos clássicos em favor da PAZ
É evidente que nenhuma pessoa de bom senso
apóia essa estupidez, uma vez que o esporte é sadia diversão e não praça de
guerra que leva pessoas a mortes estúpidas, ao choro de familiares e amigos
e, sobretudo, ao desejo de vingança rodada após rodada. Até quando?
Às
Torcidas Organizadas, desde o presidente e diretoria, passando pelos
responsáveis por bairros ou grupos de torcedores até os associados recém-chegados,
para que lutem incansavelmente pela PAZ
por meio do anúncio civilizado dos jogos (nome correto do rival, que merece
respeito e não deboche insolente), letras de apoio ao clube apenas e não
cânticos de ofensas aos rivais, o fim das provocações em comunidades ou grupos
pela internet, buscar fazer horários diferentes na ida aos jogos e na volta
deles, caso necessário solicitem reforço policial para escolta, entre outras
medidas simples, mas eficazes.
Sejam
os responsáveis pela Torcida capazes de advertir ou mesmo de expulsar da
agremiação aqueles que apenas desejam fazer dela sua gangue ampliada e com
isso prejudicar a entidade e até o Time, haja vista que certas atitudes de
torcedores levam o Clube a perder mando de campo, pagar elevadas multas na
Justiça Desportiva.
Aos
dirigentes de Clubes e jogadores a fim de que não estimulem a estúpida
rivalidade, mas, sim, o respeito pelo adversário. Os gols devem ser comemorados
junto de suas torcidas e familiares.
À
imprensa é pedido que não dê espaço a notícias sensacionalistas capazes
de despertar o ódio entre os rivais, mas busque trazer mensagens aptas a deixar
claro que a PAZ é possível num clássico tradicional como é o do CRB x CSA. Ajude
também, por meio de suas lentes, as autoridades a observarem os poucos vândalos
presentes nas torcidas a fim de que focalizados pelas câmeras sejam melhores
identificados e punidos.
Às
Autoridades constituídas cabe a vigilância redobrada e aplicação das
punições legais estabelecidas pelo Estatuto do Torcedor, Código Penal, Leis de
Contravenções Penais e Código Civil.
À
População cabe divulgar ao máximo este Manifesto pela PAZ entre seus amigos, parentes ou
vizinhos e ficar atento ao que certos grupos de torcedores fazem. Se vir algo
simples, mas que poderá gerar problemas denuncie aos dirigentes da Torcida. Caso
estes não resolvam a situação, leve o fato às autoridades competentes que são,
no caso, as Polícias Militar e Civil, o Ministério Público e a Federação
Alagoana de Futebol.
Se o caso for grave e que pode
causar um grande mal em breve, avise diretamente a Polícia. Não é necessário se
identificar pelo 190.
Em
conclusão: A
Toppaz espera, com este Manifesto, contribuir para que haja PAZ nesse e em outros tantos clássicos
que serão disputados. No campo, que vença o melhor e fora dele que impere,
independentemente do resultado do jogo, a tranquilidade e a ordem, num espírito
realmente esportivo.
Isso é o que esperamos com a graça
de Deus e a intercessão de Nossa Senhora, a Rainha da PAZ.
Assinam:
Vanderlei de Lima e Felipe Bertasso Tobar.
E-mail: toppaz1@gmail.com
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(Na confecção
deste Manifesto, muito nos valemos das teses expostas nos livros: Futebol e violência, de Heloisa Reis.
Campinas: Armazém do Ipê/Autores Associados, 2006; F. Tobar; H. Cappatti e V.
de Lima. O protagonismo das torcidas
organizadas na promoção da paz. Amparo: Ed. do Autor, 2012).
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