quinta-feira, 11 de abril de 2013

AUDAX E BANGU: A TOPPAZ PEDE PAZ E SADIA RIVALIDADE


AUDAX E BANGU: A TOPPAZ PEDE PAZ E SADIA RIVALIDADE



            Um pouco da história

            Temos notícias informais, ou seja, por meio de torcedores e não da imprensa ou da Polícia, segundo as quais nos jogos entre Audax e Bangu tem havido confusão entre grupos de torcedores que brigam de socos e pontapés ou também a pedradas nos entornos dos estádios.

            Pelo que dizem os próprios torcedores não são brigas, a princípio, combinadas por internet ou rádio (nextel), como se vê, às vezes, entre organizadas, mas, sim, confrontos mais ou menos previsíveis (portanto, evitáveis) em locais quase certos. Se em Bangu, na praça do estádio e se no Audax, na Rua.    
         
        No último jogo, houve, segundo torcedores, muitas pedradas e, por fim, um torcedor ferido que necessitou de socorros médicos.

            Prazer da “trocação”, “UFC de torcedores”

        As brigas entre torcedores têm explicações diversas à luz da Filosofia, da Sociologia, da Antropologia, da Psicologia etc. e não nos cabe comentá-las aqui. Queremos apenas frisar uma questão: parece que alguns torcedores vivem uma espécie do que poderíamos chamar de “prazeroso delírio UFC” nas ruas em dias de jogos, usando, inclusive, termos desse evento, como é o caso de “trocação”, por exemplo.
       
      Embora alguns dentre esses torcedores sejam praticantes de artes marciais diversas, especialmente muay thai, nas pistas (ruas) valem também paus, pedras, bombas caseiras, barras de ferro e até armas de fogo. Esse não é, ainda, o caso do Bangu e Audax, mas um dia poderá ocorrer a primeira morte, depois a segunda, a terceira... criando, inegavelmente, um círculo vicioso de ataques e revides sem fim.

           Ora, isso é o que, empenhadamente, desejamos evitar.

            Perigos para si e para os outros

       O “UFC da pista” entre torcedores rivais parece algo prazeroso para eles, assim como pode ser prazeroso praticar rachas de carro ou moto ou participar de lutas clandestinas etc.
         
          No entanto, esse prazer é perigoso para si e para outros e aquele torcedor que não tem amor ao próximo (à família, ao rival), por má formação educacional ou mesmo por problemas psiquiátricos sérios (psicopatia ou esquizofrenia, por exemplo), tem, sem dúvida, amor a si mesmo e, embora saiba que um dia é a vez da caça e o outro do caçador, não deseja ser massacrado na pista.
       
           Se a sua conduta é, pois, perigosa a si e a outros, está na hora de repensar os próprios rumos e viver caminhos novos contribuindo com a PAZ e não com a violência que, aliás, já é grande na sociedade.

            À margem da legalidade (Código Penal e EDT)

            É preciso que os torcedores em geral e especialmente os membros de torcidas organizadas, maiores envolvidos em confusões com rivais, entendam o que estão fazendo fora da lei, seja como cidadãos comuns, seja como cidadãos torcedores.
         
         Promover tumulto, praticar e incitar a violência ou até mesmo portar, deter ou transportar instrumentos que servirão para a hora da “trocação”, seja no interior ou em até um raio de 5.000 metros ao redor do estádio, pode gerar prisão de 1 a 2 anos e multa, sem contar a possibilidade real de ser proibido de frequentar os estádios pelo período de 3 meses a 3 anos, hipótese em que deverá o torcedor comparecer duas horas antes do início do jogo em uma delegacia e lá permanecer até duas horas depois do término da partida.

É preciso lembrar que a agressão ao semelhante pode chegar à lesão corporal (artigo 129 do Código Penal) que se divide em leve (algumas escoriações) ou grave (perda da consciência, traumatismo craniano etc.), e até mesmo em morte, quando a pena variará de 4 a 12 anos de detenção.

A situação se complica ainda mais se houver posse de armas de fogo, explosivos, depredação de patrimônio público ou alheio, roubo (tomar bandeira, camiseta ou boné do rival como “troféu”) etc.

Por outro lado, no âmbito civil da pena, caso a torcida organizada seja flagrada promovendo tumultos e praticando a violência, poderá ela ser impedida de comparecer aos estádios pelo prazo de até 3 anos, bem como responderá, de forma objetiva e solidária (o erro de um acarretará a culpa de todos), pelos danos causados a terceiros, seja nas imediações do estádio ou mesmo no trajeto de ida e volta para o evento.

Portanto, somente a título de exemplo, se um dos membros da torcida organizada depredar um posto de conveniência ou mesmo carros estacionados nas ruas, toda a torcida será responsabilizada para o pagamento dos prejuízos contabilizados pelas vítimas.

            Uma solução plausível a partir das próprias organizadas

            O problema tem solução plausível e entre as próprias torcidas envolvidas, caso elas mesmas, por meio de presidentes e diretores, queiram evitar problemas e manter a PAZ.
         
            Basta uma reunião entre os dirigentes e a assinatura de um termo de PAZ entre elas. Caso seja difícil agirem sozinhas, podem recorrer a um mediador que não faz parte das torcidas e este fará a ponte entre ambas.
         
          A cada jogo, deve ser enviado ofício aos órgãos competentes do Estado a fim de que façam a escolta dos torcedores para evitar confrontos, seja na ida ao estádio, seja na volta dele.
       
        Vê-se, pois que a questão é simples e requer apenas boa vontade e maturidade de quem dirige as torcidas organizadas.

            Caso estes não tomem providências cabíveis propondo a PAZ e expulsando maus membros, podem ser denunciados à Polícia, ao Ministério Público e à Federação Carioca de Futebol a fim de que sejam investigados e suspensos de adentrarem aos estádios de futebol, uma vez que a intenção dessas pessoas já não é apenas apoiar o time, mas, sim, a de causar tumultos e colocar em risco a própria integridade e a de terceiros.
    
        Em tempos de críticas fortíssimas às torcidas organizadas, certamente a melhor resposta que se pode dar a sociedade, é uma iniciativa de PAZ justamente impulsionada pelas próprias torcidas organizadas, por meio de seus dirigentes. E que ela perdure, não se transformando em mais uma promessa vazia.


Vanderlei de Lima                                                Felipe Bertasso Tobar

Projeto TOPPAZ (Torcida Organizada Pela Paz)

3 comentários:

  1. meu parceiro isso é TJA tem que respeitar porra.. guerra até a extinção dos alemãos

    UPL

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  2. PAZ é O crl, viva a porradaria
    INFERNO RUBRO manda na pista!

    UPL

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