quinta-feira, 16 de maio de 2013

NO CLÁSSICO CRB x CSA, A TOPPAZ PEDE PAZ


NO CLÁSSICO CRB x CSA, A TOPPAZ PEDE PAZ



            A Toppaz (Torcida Organizada Pela PAZ) é um projeto que deseja ajudar as partidas de futebol a serem realmente vistas como eventos esportivos, uma vez que a rivalidade desmedida é absurda, pois um jogo, salvo interrupção da partida por força maior, só pode terminar de dois modos: com a vitória de um time e a consequente derrota do outro ou com empate, se ambos tiverem o mesmo rendimento em campo.       Quem percebe isso, entende realmente de esportes, pois como já escrevia o filósofo Demerval Saviani, da UNICAMP, no prefácio do livro de Heloísa Reis intitulado Futebol e violência, 2006, p. XVI: “Tem ‘espírito esportivo’ quem sabe ganhar e perder com classe, com elegância”.

            A Toppaz acredita que um dos grandes meios na contenção da violência está no trabalho que as Torcidas Organizadas fazem com seus associados. Daí a fundamental importância da difusão da PAZ e da completa negação a episódios de violências, pois, via de regra, os torcedores seguem a ideologia adotada pela organizada, uma vez que enquanto instituição, possui força entre seus membros.  

       Em Maceió, a Toppaz tem, há algum tempo, contato com as duas maiores torcidas organizadas da cidade. Isso é muito importante, pois oferece a possibilidade de dialogar com ambas ao mesmo tempo a fim de pedir que cada uma, dentro de seu quadro de associados, trabalhe, incansavelmente, pela verdadeira PAZ. Caso pensem o contrário, poderão sofrer graves punições da parte das autoridades competentes como, por exemplo, a extinção das torcidas.
            
         Os torcedores – desde presidente, diretoria e associados em geral – precisam entender que uma torcida organizada existe apenas para torcer e apoiar o Clube (ver Estatuto do Torcedor, artigo 2º-A). Nada além disso. Tudo o mais é acréscimo. Existem, porém, acréscimos bons que devem ser mantidos e acréscimos ruins que precisam ser imediatamente combatidos, pois atrapalham a PAZ.
          
           Como acréscimos bons podemos lembrar as louváveis campanhas sociais em favor dos necessitados que, com maior ou menor frequência, praticamente todas as torcidas organizadas realizam. Em contrapartida, o que muito se vê na mídia, infelizmente, sãos os acréscimos ruins que se juntaram às torcidas na questão da violência.
           
          Algumas parecem um batalhão munido para a guerra e não para a sadia diversão. Quem vê as fotos ou filmagens dos artefatos que carregam (bombas caseiras, rojões que servem como arma, madeiras, barras de ferro, armas de fogo etc.) e o desejo de confusão expressado pelos que se denominou chamar de “linhas de frente” ou de “moleques da pista” é assustador ou até vergonhoso para um país que julga ser civilizado.

Assim, diante dessas reflexões serenas e ponderadas, mas realistas que a Toppaz faz um comovente apelo aos envolvidos neste e nos próximos clássicos em favor da PAZ


            É evidente que nenhuma pessoa de bom senso apóia essa estupidez, uma vez que o esporte é sadia diversão e não praça de guerra que leva pessoas a mortes estúpidas, ao choro de familiares e amigos e, sobretudo, ao desejo de vingança rodada após rodada. Até quando?
           
           Às Torcidas Organizadas, desde o presidente e diretoria, passando pelos responsáveis por bairros ou grupos de torcedores até os associados recém-chegados, para que lutem incansavelmente pela PAZ por meio do anúncio civilizado dos jogos (nome correto do rival, que merece respeito e não deboche insolente), letras de apoio ao clube apenas e não cânticos de ofensas aos rivais, o fim das provocações em comunidades ou grupos pela internet, buscar fazer horários diferentes na ida aos jogos e na volta deles, caso necessário solicitem reforço policial para escolta, entre outras medidas simples, mas eficazes.
       
       Sejam os responsáveis pela Torcida capazes de advertir ou mesmo de expulsar da agremiação aqueles que apenas desejam fazer dela sua gangue ampliada e com isso prejudicar a entidade e até o Time, haja vista que certas atitudes de torcedores levam o Clube a perder mando de campo, pagar elevadas multas na Justiça Desportiva.

       Aos dirigentes de Clubes e jogadores a fim de que não estimulem a estúpida rivalidade, mas, sim, o respeito pelo adversário. Os gols devem ser comemorados junto de suas torcidas e familiares.

        À imprensa é pedido que não dê espaço a notícias sensacionalistas capazes de despertar o ódio entre os rivais, mas busque trazer mensagens aptas a deixar claro que a PAZ é possível num clássico tradicional como é o do CRB x CSA. Ajude também, por meio de suas lentes, as autoridades a observarem os poucos vândalos presentes nas torcidas a fim de que focalizados pelas câmeras sejam melhores identificados e punidos.

        Às Autoridades constituídas cabe a vigilância redobrada e aplicação das punições legais estabelecidas pelo Estatuto do Torcedor, Código Penal, Leis de Contravenções Penais e Código Civil.

      À População cabe divulgar ao máximo este Manifesto pela PAZ entre seus amigos, parentes ou vizinhos e ficar atento ao que certos grupos de torcedores fazem. Se vir algo simples, mas que poderá gerar problemas denuncie aos dirigentes da Torcida. Caso estes não resolvam a situação, leve o fato às autoridades competentes que são, no caso, as Polícias Militar e Civil, o Ministério Público e a Federação Alagoana de Futebol.
            
        Se o caso for grave e que pode causar um grande mal em breve, avise diretamente a Polícia. Não é necessário se identificar pelo 190.

       Em conclusão: A Toppaz espera, com este Manifesto, contribuir para que haja PAZ nesse e em outros tantos clássicos que serão disputados. No campo, que vença o melhor e fora dele que impere, independentemente do resultado do jogo, a tranquilidade e a ordem, num espírito realmente esportivo.
            
         Isso é o que esperamos com a graça de Deus e a intercessão de Nossa Senhora, a Rainha da PAZ.

         Assinam: Vanderlei de Lima e Felipe Bertasso Tobar.
         E-mail: toppaz1@gmail.com

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                (Na confecção deste Manifesto, muito nos valemos das teses expostas nos livros: Futebol e violência, de Heloisa Reis. Campinas: Armazém do Ipê/Autores Associados, 2006; F. Tobar; H. Cappatti e V. de Lima. O protagonismo das torcidas organizadas na promoção da paz. Amparo: Ed. do Autor, 2012).

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