terça-feira, 5 de outubro de 2010

NOVA REGRA DE TRANSFERÊNCIAS DA FIFA - O TMS OBRIGATÓRIO.

FONTE: FIFA.COM - - http://pt.fifa.com/aboutfifa/federation/administration/releases/newsid=1309845.html#revolucao+futebol+tms+obrigatorio

Já esta valendo! Desde de 1º de outubro de 2010, o uso do Transfer Matching System (TMS) da FIFA é obrigatório em todas as transferências internacionais. O TMS é um sistema on-line que torna as transferências internacionais mais ágeis, mais fáceis e, acima de tudo, mais transparentes. Ele foi instituído em fevereiro de 2008 para uma fase de testes em 18 países e, a partir daí, foi implantado em todos os países afiliados à FIFA e em um total de 3.633 clubes.

"Este é um momento histórico para o futebol", declarou o presidente da FIFA, Joseph S. Blatter. "O TMS é um sistema on-line relativamente simples, mas causará um enorme impacto sobre a transferência internacional de jogadores. Graças ao TMS, as autoridades do futebol têm mais detalhes sobre cada transferência. O mais importante é que ele torna mais transparente cada transação e nos ajuda em aspectos como a luta contra a lavagem de dinheiro e a proteção de menores de idade em transferências."

Os dois clubes envolvidos em uma transferência precisam informar os mesmos dados no TMS. Do contrário, a transação será bloqueada e a federação em questão não poderá emitir o Certificado Internacional de Transferência (ITC, na sigla em inglês).

Cada transferência necessita de mais de 30 informações diferentes, como detalhes sobre o jogador, os clubes, todos os pagamentos e valores, prazos, dados bancários e pagamentos da contribuição de solidariedade a clubes em que o jogador em questão tenha atuado anteriormente. Esses detalhes também precisam ser comprovados por cópias de documentos de identificação do jogador, pelo seu novo contrato de trabalho e pelo contrato de transferência entre o clube antigo e o clube novo. A nova plataforma substitui o antigo sistema que usava documentos em papel.

Uma parte importante do programa passa pela implementação de uma central de troca de informações que monitora o correto pagamento das taxas de transferência. A venda de jogadores só poderá ser realizada entre os clubes, impedindo esquemas ilegais de intervenção de terceiros e combatendo a lavagem de dinheiro.

O objetivo é assegurar que a quantia referente à venda de um jogador vá diretamente de um clube para o outro. Nenhuma transação poderá ser efetuada sem os dados bancários completos dos dois clubes, aumentando a transparência nas transferências internacionais.

Isso agilizará as transferências durante as janelas de verão e de inverno, reduzindo o uso de formulários em papel. Além disso, os clubes serão informados permanentemente quanto ao prazo através de um relógio que indica a contagem regressiva. Se o intervalo de tempo for excedido, será impossível finalizar a operação. Toda e qualquer justificativa para a não-observância do prazo deve ser encaminhada, sem exceção, ao Comitê de Status de Jogadores da FIFA, que decidirá sobre a validade da contratação.

O primeiro certificado eletrônico de transferência internacional foi expedido em setembro de 2009, quando Jean-Joël Perrier-Doumbé trocou o Celtic da Escócia pelo Toulouse da França. O clube escocês também detém o recorde da transferência mais rápida realizada via TMS até o momento: o procedimento levou apenas sete minutos para ser finalizado. Na mesma tarde, o atleta já tinha autorização para se apresentar à nova equipe. Na última janela de transferências, 2.500 operações foram realizadas através do novo sistema eletrônico.

A proteção de dados também é plenamente assegurada pelo TMS. As informações referentes a uma determinada transferência ficam disponíveis somente para os clubes e federações envolvidos no negócio e para a FIFA, na qualidade de órgão regulador do futebol mundial. Assim, os detalhes relativos à venda de um jogador permanecem fora do alcance de terceiros.

No caso de jogadores jovens e menores de idade, o TMS também tem uma função vital. Por monitorar o histórico de cada jogador, o sistema pode ser usado para que cada clube com participação na formação de um atleta possa receber as quantias apropriadas quando o atleta em questão for negociado.

Além disso, o sistema foi adaptado para auxiliar a FIFA nos seus esforços de redução do número de transferências internacionais de jogadores menores de idade. De acordo com o texto sancionado pelo Congresso da FIFA em 2009, as transferências desses atletas — e as solicitações de registro de menores de idade para atuação em países dos quais não sejam cidadãos — precisam ser inicialmente aprovadas por um subcomitê do Comitê de Status de Jogadores da FIFA. O TMS gerencia tanto a solicitação inicial quanto o processo posterior de tomada de decisão.

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Comentário:

As atuais inovações que buscam garantir uma melhor saúde financeira dos clubes no mundo inteiro, em maioria criadas pela FIFA e pela UEFA (neste caso, clubes europeus), oportunizam uma maior credibilidade as relações entre clubes, atletas e dirigentes. A partir de agora, nas transferências via sistema TMS, as fraudes deverão ser controladas e os valores que vierem a ser desembolsados pelos clubes/investidores deverão quedar-se cristalinos no novo TMS.
Entendo que já havia passado da hora, de em pleno século XXI, com tamanha tecnologia que possuímos, utilizá-la para o bem do desporto.
Ressalto e parabenizo, por fim, o Fair Play Financeiro (que será tema posterior de estudo neste blog), já sendo executado na Europa, que sob a égide de Michel Platini, Presidente da UEFA, vem sendo trabalhado no intuito de oferecer, além de longa estabilidade financeira aos clubes, critérios e medidas destinadas a restaurar o bem-estar do futebol europeu de clubes.

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